segunda-feira, 8 de novembro de 2010

SER FELIZ!


Às vezes nos faltam palavras para definir, explicar ou transmitir o que está se passando com a gente. Nós sentimos essa sensação de mal estar psíquico e algo dentro de nós nos dificulta conhecer sobre o que está nos sucedendo. Então, dizemos "me sinto mal", podendo expressar com isto uma grande tristeza ou bronca, uma dor de estômago ou de cabeça, uma irritação dos olhos, cansaço, fadiga etc. A palavra "mal" serve para tudo. Em geral se trata de uma questão de vocabulário. Quanto menos vocábulos tenhamos incorporados menor vai ser a possibilidade de expressar com precisão o que nos ocorre. A primeira condição para iniciar uma mudança em sua vida é saber o que está ocorrendo. Em determinadas ocasiões, não se possui os parâmetros necessários para por-se a pensar. Então, se sofre as carências, os problemas, as dificuldades, porém nos custa ordená-las de tal modo que não somente as possamos conhecer melhor senão que nos permita começar a buscar as soluções. Você mesmo terá observado quanta gente manifesta não sentir-se feliz. Esta expressão engloba tantas coisas que é impossível definir o que lhe está sucedendo. Talvez não se sinta feliz porque esse ano não sai de férias ou porque não pode comprar a TV de 29 polegadas ou porque tem discussões com sua companheira ou porque acaba de completar quarenta anos e se sente velho ou porque os exames de laboratório indicam altas taxas de colesterol ou porque tem dúvidas da existência de Deus ou porque se pergunta para que nasceu ou qual sentido tem a sua vida e... poderíamos seguir assim até o infinito. Outros consideram que "ser feliz" tem que ver com sentir-se completo, sem necessidades ou desejos. Se o todo, possui-lo todo. Uma espécie de ente abstrato que nada tem a ver com o humano. Este é um fenômeno que está no princípio do desenvolvimento humano. Podemos rastrear suas origens na relação mãe-filho sendo cada um uma parte do outro e vivendo, até certa idade, uma ilusão de completude que se quer reeditar ao longo da vida. Este anseio de ser completo, sem falhas, sem carências, sem "furos", está muito generalizado. Como se a gente tivesse a intuição profunda da existência de um paraíso originário onde todas as necessidades eram satisfeitas no momento.

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